quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Minha cara de preocupação.


Quando o homem tem esse compromisso e dedicação com o trabalho ele é um cidadão honorável, trabalhador exemplar, marido invejável e bom pai de família. Quando a mulher quer fazer o mesmo ela é egoísta.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Estilo próprio.


Tive a honra de conhecer uma grande policial com quem acredito que vou aprender bastante. Ela deve ter uns dez anos de casa e para minha sorte ela também está temporariamente "emprestada" para o setor de Jack Bauer. Jogamos no mesmo time de vôlei, mas ela é apaixonada por atletismo. Quem vê pensa que essa mulher é qualquer outra coisa: universitária, modelo, decoradora, professora, arquiteta, psicóloga, dentista... mas ninguém diria, assim, à primeira vista, que ela parece ser policial. Fala francês fluentemente e já cumpriu missão bem além das fronteiras. Pouca gente sabe, mas ela é namorada de um colega aqui da casa e ele é, com todo respeito, gato demais! Ela também não fica atrás. Eu tava reparando como ela fica bem em qualquer roupa: terninho, calça jeans, joelheiras... Tenho quase certeza de que ela lê revistas de moda italianas. Nas atividades profissionais, ela também tem um estilo fidalgo, muito pessoal com o qual simpatizo bastante. É que às vezes sinto uma pressão enorme para ser o que não sou, e ela me prova que, aqui dentro, temos lugar pra todo tipo de personalidade. Os psicólogos do psicotécnico que me perdoem, mas isso de "perfil policial" pra mim é balela, porque com esse tanto de atribuições que a minha polícia tem é impossível não haver uma área ou função onde o seu perfil se encaixe perfeitamente.

Esta mulher tem curso que eu nem sabia que existia. Você passa a placa do carro e ela te conta até a genealogia do veículo! Dá a impressão de que ela misteriosamente faz tudo parecer possível, simples e prático. Refuta opiniões contrárias citando doutrina clássica, mas de um jeito tão soft, refinado e aparentemente descompromissado que até convence. Quer saber mais? Ela tem carrão, apartamento, cabeleira preta, nariz empinadinho, humor ácido, a crítica afiada e Jack Bauer confia nessa mulherzinha vegetariana. Legal, né? E eu me divirto vendo ela toda arisca a tirar sarro nas situações aqui no dia-a-dia. Apesar de que, uma vez ela quase fez uma piada com os meus óculos escuros que fingi não ter entendido, porém  ela desconversou e retomou seu jeitinho mais formal, contido.

Aprendi uma outra coisa muito importante. Esse pessoal antigão aqui, em sua pose majestosa, não vai parar pra me dar "aula" sobre como ser uma profissional melhor. Por vários motivos. Dentre eles, o medo. Digamos que, de forma claramente voluntária, até agora, a única coisa que ela me ensinou foi como colocar um boton na lapela do terninho sem estragar o tecido, mas eu estou disposta a ouvir avidamente todas as suas histórias e conselhos. Pena que ela vive correndo e é meio fechadona... Devem ser as influências de Jack Bauer.

domingo, 2 de outubro de 2011

Próxima temporada.


A notícia de que Jack Bauer precisa de mim soou como música para os meus ouvidos. Soube que o rock'n'roll está pegando fogo na área dele, o que me deixa com um sorrisão quase cafajeste embutido. Antes dele mandar aquele documento genérico solicitando reforço de outras delegacias, Jack sondou o chefe do chefe do meu chefe (a famosa cadeia alimentar, digo de comando), sobre a possibilidade de esta Novinha aqui passar uma temporada lá com ele! É... ele falou só o meu nominho, especificamente! Entenderam? Receio que não, porque isso não é uma massagem para o Ego, mas um band aid para as minhas feridas. Trabalhar com Jack Bauer significa para muitos sair de suas zonas de conforto, o que não se aplica nem um pouco a mim. Primeiro por uma questão circunstancial, segundo por uma questão de perfil. A resposta do chefão? Óbvio que fui liberada porque pedido de Jack Bauer não se nega. Vamos combinar uma coisa? Se der tudo certo nessa nova temporada, vocês vão parar de me chamar de "Novinha", O.K.? Fui!