sábado, 27 de outubro de 2012

Certeza.


 

 
 



Essa foi "A" missão do século!!! E eu acho horrível essa expressão "A-nãoseiquelá do século", mas deu vontade de revelar, em neon, a minha fome de êxtase, como se escrevesse a frase em algum ponto do ar à minha frente.

Tão perto, não importando a distância
Não poderia ser muito mais vindo do coração
 
Incrível, mas parece que agora eu finalmente peguei o jeito desse serviço aqui. Já consigo "prever" algumas coisas, já tenho acertado melhor o local onde ficar, o quê, como e quando fazer. Estou aprendendo muito, muito, muito com Roger Murtaugh! E estamos conseguindo nos entender muito bem. Sério. Eu vejo que ele sabe fazer o trabalho. Sabe muito! E tem conseguido ganhar a confiança do pessoal lá em cima. Porque aqui, saber fazer é até fácil, difícil é convencer os críticos disso. 
 
Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa
 
Olha, digamos que com Jack Bauer eu fiz o Basic I, II e III. Com Roger Murtaugh eu posso dizer que estou cursando o Intermediate I. Ou seja, outro patamar, ok? (Eu sei que fico insuportavelmente chata  quando estoy... felics, mas vale a pena porque escrevo muito mais rápido). Ocorre que meu chefe me deu uma missão especial dentro dessa missão especial. Traduzindo: ele tem oito agentes, mas dentre essas oito opções, ele preferiu passar a missão pra mim! E então fui vibrando no último volume.
 
Nunca havia me exposto dessa forma
A vida é nossa, nós vivemos do nosso jeito
 
Me senti honrada demais pelo chefe ter confiado a mim esse trabalho. Com certeza foi uma das mais delicadas que já enfrentamos! Me senti super confiante e segura na operação e valeu a pena cada minuto. Me senti privilegiada porque foi uma oportunidade muito interessante. Ah, se eu pudesse contar para meus colegas da faculdade sobre essa missão e sobre tudo o que ouvi e vi nos bastidores daquilo que foi transmitido por tantos meios de comunicação deste país.
 
Todas essas palavras eu não apenas digo
E nada mais importa.
 
Me senti valorizada demais porque as pessoas me respeitaram de uma forma que nem eu mesma sequer imaginava que poderia acontecer. Elas não me falaram nada, especificamente, nesse sentido, apenas me trataram de uma forma que eu juro que não esperava. Deus sabe fazer supresas!
 
Acredite, eu procuro e encontro isso em você
Todos os dias tens algo novo pra nós
 
Me diverti! 
 
Mente aberta para novos pontos de vista
E nada mais importa
 
E quando tudo terminou e muito bem, percebi que meu chefe ficou vi-si-vel-men-te muito orgulhoso e satisfeito com o meu trabalho. E eu contei tudo pra ele com tanta emoção (preciso de terapia?) e com tanta felicidade (estoy loka?). E ele achando que eu ficaria chateada por ter que trabalhar na folga (Soy loka por ti, América! Soy loka por ti, amore!). Nesse caso, as orientações do sindicato fazem tanto sentido quando as pérolas da Marta Suplicy. 
 
Nunca me importei pelo que eles fazem
Tô nem aí para o que eles sabem
Mas eu sei.
 
Disse várias vezes a ele que pode contar comigo sempre que alguma coisa assim aparecer (sou dessas oferecidas). E ele ainda me agradeceu, com aquele sorriso experiente de certeza no rosto.
 
Tão perto, não importando a distância
Não poderia ser muito mais vindo do coração
 
Ainda estou aqui processando as informações. Pensando na grandeza dessas possibilidades e em como é importante você trabalhar naquilo em que tem prazer (soy piegas, pero soy feliz). Não tenho dúvidas. É certeza que estou no lugar certo.

Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa

PS. 1 - O que está centralizado é a minha tradução da música Nothing Else Matters do Metálica.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Muito chão pela frente.


Meu boot par-ceiro em cima da máquina de lavar roupas esperando pra ser limpo. Mas não se iludam com esse jeito domesticado dele. Isso é inquieto igual à dona.

sábado, 13 de outubro de 2012

Incoerências.

 
 
Quando a bomba caiu no meu colo eu parei, com o auxílio da prudência, e tentei tomar a decisão mais acertada para a equipe: liguei imediatamente para o colega. Achei que estava sendo tipo muito parceira. Mas não sei exatamente que parte de "Olha, você errou, vamos tentar resolver isso juntos?" que meu colega antigão não entendeu. Porque primeiro ele não me levou a sério. Depois demonstrou claramente que não gostou da minha atitude.
 
Tá, mas o que é que você tem a ver com o erro do seu colega, Novinha, se você não é chefe dele? Vou pular a parte de que num trabalho em equipe se um erra todos são prejudicados e não vou nem comentar que a imagem que ele passa da polícia reflete na imagem de cada um dos colegas. O problema é que o erro dele interferiu diretamente no meu trabalho. E aqui não é permitido errar, lembram? Digamos que o colega tenha acendido o pavio ontem e a bomba só vai explodir hoje, no meu colinho, após assumir o serviço, entenderam?

Foi assim que eu passei a ficar com um pé atrás quando um colega enche a boca pra dizer que nunca respondeu a uma bronca na polícia. Eu nunca respondi PD (processo disciplinar) na minha jovem, porém intensa, carreirinha policial, mas bem que merecia ter respondido. Merecer talvez seja uma palavra exagerada, mas digamos que se as normas fossem aplicadas rigorosamente eu já teria enfrentado alguns dissabores.
 
Para a nossa sorte, um colega saiu pra resolver o problema e, pela Graça de Deus Pai, conseguiu "cortar o pavio da bomba" que estava dentro do porta-malas de um carro, antes que alguém se machucasse. Mas furo é furo e minha pergunta era se seria necessário/sensato, deixar algo registrado sobre o ocorrido, caso houvesse alguma consequência de ordem administrativa, por exemplo, por isso quis conversar com o colega. Acho que qualquer pessoa com um mínimo de senso de responsabilidade entenderia a minha preocupação.
 
Posso falar? Eu acho extremamente sexy quando um homem encrencado assume os próprios erros. Isso mexe involuntariamente com meus hormônios que entendem que aquele é um macho Alfa-Alfa da espécie humana. O Provedor!! O Protetor!! O Potente!! Com "P" maiúsculo! É bem esse o tipo de cara que me faria virar o pescoço magneticamente pra olhar de novo de forma mais demorada. Que me levaria a morder a parte interna dos lábios ao sentir aquela dor vazia no interior do útero contraído reflexamente. Caso eu não fosse comprometida, seria a perfeita ocasião para virar a cabeça completos 180 graus!

No entanto, meu colega antigão me pareceu neuroticamente transtornado com a possível repercussão do erro cometido em sua ficha impecável e, igual a uma garotinha mimada que dá birra pra não tomar banho, literalmente me ameaçou, dizendo mais ou menos assim "olha, registra o que você quiser, mas se eu for, dou um jeito de te levar comigo". 
 
Quem seria tão idiota de arriscar o próprio pescoço por um colega desses? Eu. Eu resolvi não escrever nada a respeito no livro de ocorrências do plantão. Calma pessoal, continuo monitorando a situação. Eu mesma fiz e refiz todos os cálculos. Se Deus quiser vai dar tudo certo. O que me incomoda é esse gosto amargo da decepção, o qual tento temperar com algum aprendizado.
 
Não se deve julgar um policial pelo número de punições que ele levou. Primeiro porque, como você já deve ter notado, acontece de inocentes pagarem pelos pecadores.  Segundo que quem assume que já errou alguma vez, pode ter lá seus defeitos, mas pelo menos não vai precisar vender a alma pra não sujar o currículo.
 
É desses policiais de laboratório que eu tenho medo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Quer me matar do coração?


 
Recebi pessoalmente a indicação de um blog escrito por uma mulher policial anônima: o meu!