sábado, 27 de dezembro de 2014

Perfeito e simples.


Ele disse pra mim que um dos melhores momentos desse ano pra ele foi naquele fim de tarde onde depois de namorar um pouquinho ficarmos os dois juntinhos assistindo aos clips das músicas que deixei tocando aleatoriamente no celular. Eu gostei de ouvir isso. Gostei muito.

* Ps.: Atendendo a pedidos, uma palhinha das minhas top músicas para ouvir depois.

Roberta Campos - Maior que o mundo
Christina Perri - A thousand years
Flávio Venturini - Noites com sol
Ziggy Marley - Drive
Djavan - Correnteza
Coldplay - The scientist
Nuria Mallena - Quando assim
Vander Lee - Esperando aviões
Adriana Calcanhoto  - Inverno
Pedro Mariano - Simplesmente
Green Day - Wake me up when september ends

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Mais iguais que os outros.


Enquanto devolvia materiais sob minha cautela naquela Divisão, me assombrei com a necessidade que aquele engravatado tinha de tentar se vingar de qualquer jeito. Ficou só na vontade, porque agora quem não quer sou eu. Entreguei a chefia por conta daquele incidente que narrei no post anterior. 

Essa reação agressiva do delta corrobora com a perspectiva de Clarice Lispector que disse estar enganado aquele que não sabe que a simplicidade se conquista com muito trabalho. É que pra ele, era uma afronta eu abrir mão do "status" que "ele me dava" através daquela chefia ridícula. Um ingênuo esse pobre coitado. É uma vítima da competitividade autocentrada e estúpida entre pessoas e cargos nesse estilo irracional pré-renascentista de comandar a polícia, onde o chefe ainda se acha o centro do universo. 

Não me enquadro nessa cadeia de produção. Meu problema, segundo Fernanda Young, é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente. Deve ser muito complexo para algumas pessoas aqui no Ocidente esse raciocínio de quem quer apenas fazer seu trabalho de forma honesta e dormir em paz. Essa é a paz que eu quero conservar pra continuar sendo feliz, ô Rappa.

Estou voltando para a minha área operacional, em um nível ainda melhor. E lá pretendo continuar trabalhando sem fazer acepção de pessoas. A lei precisa ser igual pra todos.

Fica um sentimento de revolta, de desesperança na Administração pela falta de humanidade no tratamento prestado ao contribuinte que, infelizmente, é quem sempre leva o prejuízo porque, provavelmente, estarão procurando quatro servidores pra fazer o trabalho que eu fazia sozinha e com muito prazer naquela Divisão. Acho que é uma boa oportunidade para aprenderem a prestigiar mais a alteridade em vez da autoridade.

Eu sou policial, sou servidora pública e tenho coisas mais interessantes pra fazer na polícia antes de me aposentar. Perdão pelo transtorno que causei, mas não fiz um concurso desses pra ser capacho de delegado capacho. 


***Hoje é aniversário do Mulher na Polícia. Cinco anos. Muito obrigada a você, leitor***.