sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Mais moderno.

 
 
Chegou um novinho de sorriso doce e olhos tristes aqui no meu setor. Vindo lá de onde o vento faz a curva. Ao ouvir as perguntas sonhadoras dele, aproveitei, por alguns minutinhos, pra representar o papel de  "antigona". Interessado, ele queria saber tudo com voracidade. Me peguei dando conselhos serenos a ele, com aquele ar de quem quer passar uma sabedoria calma, que alerta para os perigos . Foi então que percebi que não sou mais uma novinha. O tempo passa e eu aprendo, aprendo, aprendo e coleciono experiências que escrevem minha história. O que pra quem tá chegando já é muita coisa. Olho para as dificuldades que temos de enfrentar todos os dias sem deixar que elas queimem meus olhos. Resgato lá no fundo alguma coragem e sigo em frente com fé em Deus.  Nessa estrada, cresci bastante como pessoa, ardi em desafios e aplaquei obstáculos teimosos.  Esqueci o que é ficar esperando uma tempestade passar. Quero estar acesa na chuva cumprindo a missão, mesmo quando sinto medo ou aquela dorzinha na alma. Dor de humanidade? Com a chegada desse novinho, fiquei grávida de uma nova responsabilidade. E falando assim, me sinto até mais forte. Tanto. Só porque sinto sangue novo e vivo entrando nas veias. Seja muito bem-vindo, novinho.
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Quatro anos do Blog Mulher na Polícia.


Galera, presta atenção na letra e esquece o mico de aniversário, porque os policiais desafinados também têm um coração (risos).

De janeiro a janeiro
(Roberta Campos)

"Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar

Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar

Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A conseqüência do destino é o amor, pra sempre vou te amar

Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar".

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Basta querer.

 
Tenho tido experiências que me fazem acreditar que dá pra fazer. Que dá pra mudar. Basta querer. Talvez o que eu faça não seja muito, mas é o que está ao meu alcance e é o que vou fazer. É pra isso que estou aqui e essa é a minha contribuição. É o que dá pra mudar agora. E embora o cenário seja parecido com aquele da Zumbilândia, aqui a-gente está fazendo. Aqui, graças a Deus, a-gente tem conquistado respeito e feito esse distintivo brilhar mais forte ainda.
 
Após o incidente com o procurador, não consegui pegar nada que se referisse a uma suposta corrupção no setor. Nada. Nem quero pegar pra falar a verdade. Mas aquilo me deu uma certa moral perante os terceirizados. Eles me respeitam, confiam. E eu tenho explorado isso.
 
Primeiro, tomamos providências para que os procuradores e o público em geral só tenham contato com os policiais (isolamos os terceirizados), o que me fez sentir bem mais tranquila e deixou a Dama de Ferro extremamente satisfeita.
 
Segundo, chamei pra mim o controle da produtividade dos meus terceirizados e percebi que havia um certo acordo malandro entre eles para que a produção não fosse tanta assim, o que evitaria um possível e consequente alargamento das metas diárias. É mole? E é porque a galera jura que precisa desse emprego... Eles preferem ter tempo livre pra bater papo, pra ficar na Internet, fazer trabalhos da faculdade, estudar pra concurso e passear pelos sites de relacionamento.
 
Eu até poderia fazer vista grossa se a papelada aqui estivesse em dia... mas quem não fica indignado vendo uma mesa cheia de trabalho por fazer e a terceirizada O DIA TODO marcando encontro para encontrar o "Par Perfeito" dela em sites de... né? Essa não teve jeito, foi devolvida para a empresa. Agora, passei a divulgar abertamente com gráficos a produtividade individual e, claro, a premiar os mais produtivos.
 
Resultados: 
 
1- Conseguimos organizar as demandas por ordem de chegada (o que me respalda contra qualquer tentativa de advocacia administrativa, tráfico de influência e essa coisa toda) e toda a papelada atrasada já está zerada, o que diminuiu sensivelmente o número de telefonemas externos (reclamações de contribuintes) que precisávamos parar o serviço para atender. Agora, gente, o trabalho aqui está em dia! Aleluia!
 
2 - Olhando os gráficos que fizemos, a Delegada Conterrânea resolveu me passar a incumbência de preparar as estatísticas de toda a Divisão. E isso, meus prezados amigos, é o que você ganha por tentar desenvolver um bom trabalho: mais trabalho. Lerê, lerê...